O trabalho da Polícia Civil para saber quem é a mulher que foi esquartejada em Canoas e para confirmar a identificação dos criminosos também depende de uma série de perícias.
Do apartamento que seria o local do crime, peritos coletaram vestígios de sangue e fragmentos de impressões digitais. Também foram apreendidas máscaras de proteção da covid-19 e uma touca. Desse material, pode ser extraído DNA para comparação com material biológico de suspeitos.
Um veículo apreendido pela polícia, que pode ter sido usado para carregar o corpo, também passou por análise de peritos na noite da terça-feira (9). O crime ocorreu em um apartamento no bairro Rio Branco, em Canoas, possivelmente no final de semana de 27 e 28 de fevereiro.
A polícia ainda não tem pistas sobre a identidade da vítima, que teve o corpo esquartejado. A ação dos criminosos foi gravada em vídeo, que circulou em redes sociais. A vítima usava bermuda de brim e blusa preta.
No sábado, o delegado Robertho Peternelli, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas, fez pedido de perícia no apartamento durante a Operação Gota D'Água. O diretor do Departamento de Perícias Laboratoriais, Daniel Scolmeister, tinha como foco identificar a presença de sangue no imóvel.
Depois de tapar a janela para deixar o local escuro e aplicar luminol - substância que reage ao contato com o ferro existente no sangue – o perito localizou grande quantidade de sangue no box.
Digitais
Nos locais identificados pelo luminol foi feita coleta do material, que pode ajudar a confirmar a identidade da vítima. Na janela do banheiro e em um espelho também havia, visíveis, gotas de sangue seco, que serão analisadas. O DNA extraído das amostras de sangue da possível vítima será comparado com as amostras do Banco de Desaparecidos.
Quando surgir suspeita sobre a identidade da vítima, DNA terá que ser coletado de familiares para ser comparado ao que está armazenado. Já o DNA extraído das máscaras e da touca, que seria de suspeitos do crime, passará por comparação imediata com o banco de perfis montado a partir de material biológico de criminosos já condenados.
Os fragmentos de impressões digitais, coletados no local por um papiloscopista do Departamento de Criminalística, também passarão pro comparação na base de dados do Departamento de Identificação, que reúne informações de todas pessoas que fizeram carteira de identidade no Rio Grande do Sul.