Dois criminosos de jalecos brancos e crachás assaltaram uma residência na Rua Ernesto da Fontoura, bairro São Geraldo, em Porto Alegre, por volta das 10h30min desta quinta-feira (4). Eles se disfarçaram de agentes de vacinação domiciliar do Sistema Único de Saúde (SUS).
O ataque foi antecedido por uma ligação telefônica cerca de meia hora antes. Quem atendeu foi a cuidadora de uma idosa de 81 anos, moradora da residência.
— Se apresentaram como uma equipe do SUS que faz a vacinação domiciliar, dizendo que iriam fazer a aplicação nos moradores. E, cerca de meia hora depois, apareceu no portão um homem e uma mulher de jalecos brancos — conta o subcomandante do 9º Batalhão de Polícia Militar, major Tales Osório.
Segundo ele, tão logo entraram na casa, anunciaram o assalto. Na casa estavam apenas a idosa e sua cuidadora. Na ocorrência, consta que uma delas teve os cabelos puxados e levou um soco na cabeça, mas não há detalhes sobre qual das pessoas foi agredida. Familiares relatam que as duas foram amarradas e que os ladrões tinham crachás com o símbolo do SUS.
Segundo Osório, foram levados da casa um aparelho celular e o telefone fixo, talvez para impedir que a polícia fosse chamada em seguida. A dupla queria os cartões bancários das vítimas, mas não conseguiram nenhum, de acordo com o registro da Brigada Militar.
Nenhum outro bem foi levado. Os criminosos teriam usado um veículo HB20 de cor branca no assalto.
— Já temos informações, uma descrição dos suspeitos, e estamos em busca desses criminosos, trocamos informações com a Polícia Civil que está investigando. Fizemos um alerta na região, passamos avisos por nossos grupos de WhatsApp para que a população fique atenta — afirmou o major.
Crachá precisa ter nome, foto e matrícula
No final da tarde, a prefeitura de Porto Alegre divulgou nota alertando para falos vacinadores. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), todas as equipes de imunização portam crachás da prefeitura, com nome e matrícula do funcionário.
A orientação da SMS é para que a pessoa que for receber equipes na residência exija, antes de permitir acesso, que esse crachá pessoal seja mostrado de forma que fique bem visível que são servidores da Saúde. Crachás unicamente com símbolo do SUS não são a identificação padrão.
Assim que identificar uma tentativa de abordagem suspeita, a prefeitura pede que o caso seja comunicado à polícia imediatamente.