Uma menina de quatro anos sequestrada em Palhoça, em Santa Catarina, foi encontrada no bairro Cachoeira do Bom Jesus, norte de Florianópolis neste domingo (20). Preso, o casal suspeito do crime é natural do Rio Grande do Sul, mas mora no norte da capital catarinense há alguns anos, segundo a Polícia Civil.
A ação foi realizada na madrugada deste domingo. Os dois suspeitos resistiram à abordagem e foram contidos pelos policiais. Eles foram autuados por sequestro qualificado.
O cativeiro era uma casa de dois pisos. O homem estava no andar de baixo. A menina foi encontrada nos braços da mulher, no segundo andar.
– A menina estava bem assustada com a situação toda. Percebia-se que de fato ela não queria permanecer com aquele casal. Teve um momento de alegria quando viu os policiais. Depois, com a abordagem, ela se emociona. Mas voltou conosco rindo, falando que nós éramos os super-heróis dela – afirmou o delegado João Fleury, que participou do resgate, em coletiva de imprensa.
O sequestro ocorreu por volta das 20h de sexta-feira (18), quando a criança foi levada da casa onde mora com a família na localidade de Barra do Aririú. Conforme informações da Polícia Civil ao NSC Total, duas pessoas invadiram a residência, agrediram a mãe a pauladas e levaram a criança em um Gol branco.
Segundo João Fleury o cativeiro estava "sem condições de estadia para qualquer ser humano", com muita bagunça, fezes de animais misturadas com roupas de criança e também "brinquedos macabros, pintados como se fossem de filmes de terror".
Responsável pela investigação, o delegado Fábio Pereira afirma que ainda não se sabe a motivação do sequestro. Ele relata que, antes de realizar o crime, o casal teria se aproximado da residência da vítima, mas não é possível afirmar se havia uma relação entre suspeitos e a família da vítima.
A mãe da vítima soube identificar os suspeitos, mas a investigação ainda não concluiu qual era o grau de proximidade entre eles. Também ainda não ficaram claras as motivações do crime.
– A prioridade era trazer a criança de volta. Agora detalhes serão esclarecidos com calma – afirmou o delegado Fábio Pereira