O Grupo Vector afirmou, em nota divulgada na noite desta sexta-feira (20), que "rescindiu por justa causa os contratos de trabalho" dos homens envolvidos na morte de João Alberto Silveira Freitas, 40 anos, que perdeu a vida após ser espancado dentro do supermercado Carrefour, no bairro Passo D'Areia, em Porto Alegre. O caso ocorreu na quinta-feira (19) à noite e gerou revolta e protesto em todo o país.
Conforme o grupo, a empresa "não atuava na área de vigilância do supermercado, mas sim na fiscalização de prevenção e perdas".
A nota diz também que a empresa irá tomar as medidas cabíveis, "estando à disposição das autoridades e colaborando com as investigações para apuração da verdade" e que "submete seus colaboradores a treinamento adequado inerente às suas atividades, especialmente quanto à prática do respeito às diversidades, dignidade humana, garantias legais, liberdade de pensamento, bem como à diversidade racial e étnica."
"O Grupo Vector lamenta profundamente os fatos ocorridos na noite de 19/11/2020, no Carrefour de Porto Alegre, se sensibiliza com os familiares da vítima e não tolera nenhum tipo de violência, especialmente aquelas decorrentes de intolerância e discriminação", diz o texto.
A Vector não menciona quem ou quantos são os colaboradores envolvidos. GZH apurou que os dois seguranças que aparecem nos vídeos espancando João Alberto são Magno Braz Borges e Giovane Gaspar da Silva, que é policial militar temporário lotado no Departamento de Comando e Controle Integrado da Secretaria da Segurança Pública. Ambos foram autuados em flagrante por homicídio triplamente qualificado: por motivo fútil, asfixia e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Também aparece nas imagens, colaborando com os dois homens, Adriana Alves Dutra, agente de fiscalização do supermercado. A responsabilidade dela na ação está sendo investigada pela Polícia Civil.
Confira abaixo a nota na íntegra:
"Nota de esclarecimento
O Grupo Vector lamenta profundamente os fatos ocorridos na noite de 19/11/2020, no Carrefour de Porto Alegre, se sensibiliza com os familiares da vítima e não tolera nenhum tipo de violência, especialmente aquelas decorrentes de intolerância e discriminação.
Comunica que rescindiu por justa causa os contratos de trabalho dos colaboradores envolvidos na ocorrência. Não obstante, a empresa tomará as medidas cabíveis, estando à disposição das autoridades e colaborando com as investigações para apuração da verdade.
Para esclarecimento, informa também que a empresa não atuava na área de vigilância do supermercado, mas sim na fiscalização de prevenção e perdas.
Por fim, ressalta que o Grupo Vector, fundado em 1993 e com cerca de 2.000 funcionários, submete seus colaboradores a treinamento adequado inerente às suas atividades, especialmente quanto à prática do respeito às diversidades, dignidade humana, garantias legais, liberdade de pensamento, bem como à diversidade racial e étnica."