Sob todos os ângulos, existe algo muito errado no caso da morte ocorrida no estacionamento do Carrefour, em Porto Alegre, na noite de quinta-feira (19). Vou me prender apenas à técnica da abordagem. Ou melhor, à falta de técnica.
Existe uma clara falta de preparo dos seguranças, o que resultou na tragédia.
A violência desmedida e a asfixia com o cliente já claramente sem reação no chão levam a um grande debate: o despreparo de seguranças que atuam num estabelecimento por onde passam milhares de pessoas todos os dias. Mais: da empresa que contrata e prepara os seguranças para lidar com público.
Com as imagens de vários momentos do caso é possível ver um dos seguranças com o joelho pressionando a região do pescoço da vítima.
As circunstâncias que levaram à retirada de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, do Carrefour ainda precisam ser explicadas. Mas nada, nada mesmo, justifica a brutalidade da abordagem e o sufocamento que levou à morte do cliente.
