Uma das imagens que faltavam para reconstruir os momentos que antecederam a morte de João Alberto Silveira Freitas no Carrefour do Passo D'Areia, em Porto Alegre, mostram quando a vítima agride um dos homens que o acompanhavam até o estacionamento. A Polícia Civil havia recebido relatos dessa agressão, mas a imagem ainda não era conhecida. GZH teve acesso ao material no começo da tarde deste sábado (21).
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Os agressores de João Alberto, o policial militar temporário Giovane Gaspar da Silva, que seria segurança do supermercado, e o segurança terceirizado do Grupo Vector Magno Braz Borges, estão presos por homicídio triplamente qualificado. Eles optaram por se manter em silêncio durante o flagrante na Polícia Civil.
No entanto, a defesa de Giovane já havia relatado que seu cliente fora agredido. Essa agressão é que teria desencadeado o revide que levou João Alberto à morte, possivelmente, decorrente de asfixia.
João Alberto aparece dando um soco no rosto do PM temporário. A partir daí, houve uma luta corporal entre os três. O cliente foi imobilizado e espancado no estacionamento.
A polícia investiga se já havia um desentendimento entre João Alberto e fiscais e vigilantes do supermercado. GZH revelou que em um dos vídeos que mostram as agressões, um dos homens que está no local, que seria funcionário do mercado, diz à vítima, que tem dificuldades para respirar: "Sem cena, tá? A gente te avisou da outra vez".
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Esse comportamento pode indicar problemas anteriores, já que as imagens analisadas não mostram atrito entre eles minutos antes de as agressões começarem. Ou seja, não há explicação ainda para os seguranças terem acompanhado João Alberto para fora do supermercado, enquanto a mulher dele seguia pagando as compras. Já a sessão de violência que resultou na morte teria começado por causa do soco desferido por João Alberto.
Neste sábado, a 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa segue trabalhando no caso e analisando imagens mais detalhadamente. Nos próximos dias, mais depoimentos devem ser coletados. A polícia investiga a participação de outras pessoas no crime.