Uma mulher de 35 anos foi morta na madrugada desta sexta-feira (2) em Passo Fundo, norte do Estado. O suspeito do crime é o próprio genro. Ela teria tentado evitar que a filha fosse agredida e, por isso, teria sido atacada por golpes de espeto. A Polícia Civil procura o homem.
A vítima, segundo a Polícia Civil, sofria com agressões e chegou a ser alvo de tentativa de feminícidio na semana passada, quando o ex-marido dela foi preso preventivamente por violência doméstica.
— O que nos intriga e nos deixa triste é que evitamos um feminicídio com a prisão do ex-companheiro dela, mas pouco mais de uma semana depois, a vítima é assassinada pelo genro. É um caso trágico e vamos até o fim para prender o suspeito — destaca o delegado Mário Pezzi, da Delegacia de Proteção da Criança e Adolescente (DPCA) e responsável pela investigação do caso.
Segundo as informações repassadas pela Brigada Militar à Polícia Civil, houve um encontro entre a noite de quinta-feira e a madrugada de sexta-feira na casa da vítima. O genro, que tem 19 anos, e a filha, de 17, receberam um amigo do casal. Eles teriam ingerido bebida alcoólica e houve muita discussão. O suspeito teria agredido a namorada a socos.
Segundo Pezzi, pouco depois das 4h teve início a briga. O amigo do casal teria tentado evitar a confusão e foi atacado. A mãe da adolescente também interveio e foi agredida pelo genro. Os golpes seriam de espeto, conforme relatado à Polícia Civil. A mulher morreu no local.
O genro da vítima fugiu e está sendo procurado pela Polícia Civil. Pezzi diz que aguarda resultado da necropsia para apontar a causa exata da morte, mas destaca que o espeto foi apreendido. Segundo ele, a adolescente vai ser ouvida assim que tiver condições. O amigo dela e do suspeito será ouvido o mais breve possível, já que teve de ser hospitalizado devido aos ferimentos.
Pezzi ainda relata que a discussão, que gerou as agressões e morte, teriam começado por um ataque de ciúme do suspeito. O policial explica que, em princípio, são apurados crimes de homicídio, tentativa de homicídio e lesão corporal.
Os nomes dos envolvidos não são divulgados, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), para não expor a adolescente de 17 anos.
Para denunciar casos de violência contra a mulher contate o Disque-Denúncia pelo telefone 181. Além disso, há os Centros de Referência da Mulher, delegacias especializadas e a Defensoria Pública.