Foi indiciado por homicídio e cinco tentativas de assassinato, com as qualificadoras por motivo torpe e por emboscada, e uma das tentativas também qualificada por feminicídio, Humberto de Alencar Costa Escaio, de 44 anos. Ele é suspeito de ter matado o ex-cunhado e por tentar assassinar outras cinco pessoas no dia 10 de setembro em Vila Nova do Sul, na Região Central do Estado. Além dele, um outro homem que o ajudou, dirigindo o veículo até o local onde tudo aconteceu, também foi indiciado pelos mesmos crimes.
Conforme o delegado José Soares Bastos, responsável pela investigação, o suspeito cometeu o crime por não aceitar o fim do relacionamento com ex-companheira. Ele foi preso preventivamente três dias depois e segue recolhido no Presídio Estadual de São Sepé.
O advogado Daniel Tonetto, que atua como assistente de acusação a pedido da família das vítimas, diz que o indiciamento é o começo da Justiça que deve ser feita.
- Foram crimes terríveis. Uma crueldade inexplicável, que destroçou uma família inteira. Matou um inocente, tentou matar outros, então, evidentemente, um crime como esse jamais pode ficar impune - afirma Tonetto.
O CRIME
O crime ocorreu há 13 dias, na propriedade da família das vítimas, na localidade conhecida como Cerca de Pedra, 30km distante do centro de Vila Nova do Sul. Conforme relato das testemunhas, o suspeito chegou de carro ao local com o pretexto de que deixaria a filha, de 10 anos, com a mãe dela, sua ex-esposa.
Os dois estavam em processo de separação e ele não aceitaria o fim do relacionamento. Quando o suspeito desceu do veículo, já começou a atirar. Jeferson Evangelho Martins, de 48 anos, ex-cunhado do suspeito, foi baleado, não resistiu e morreu. O pai dele, Junio Carlos Souto Martins, 87 anos, ex-sogro do suspeito, também foi baleado, mas foi socorrido e encaminhado ao Hospital Universitário de Santa Maria onde se recupera depois de passar por cirurgia.
Havia oito pessoas no local ao total. Quatro fugiram para um mato e a mãe da vítima e um caseiro ficaram dentro da casa. O suspeito também fugiu a pé em direção a terras que tem próximo a propriedade da família da ex-mulher. A filha dele foi levada no carro pelo ajudante do suspeito até a casa de uma irmã dele, em São Sepé, onde foi localizada no dia seguinte.
GZH fez contato com o advogado Rogério Motta, que atua na defesa do suspeito, mas ele não atendeu as ligações.