Os três policiais militares envolvidos no caso do turista angolano Gilberto Casta Almeida, 26 anos, baleado e preso injustamente, foram indiciados por crime militar nesta sexta-feira (7), conforme a Brigada Militar (BM). O caso ocorreu em 17 de maio em Gravataí, na Região Metropolitana.
O Inquérito Policial Militar foi finalizado, nesta sexta, e encaminhado para a Justiça Militar do Estado. O Ministério Público Militar irá decidir quanto ao oferecimento ou não de denúncia e qual o respectivo enquadramento penal.
O trio também deve responder ao Conselho de Disciplina no âmbito administrativo e deve permanecer afastado das funções até sua conclusão do caso.
Gilberto estava com a costureira Dorildes Laurindo, 56 anos, em um carro do aplicativo BlablaCar, quando o motorista fugiu da polícia. O condutor, Luiz Carlos Pail Junior, era foragido.
Depois que o carro foi alcançado, os policiais atiraram 35 vezes. Os disparos resultaram na morte da costureira e em ferimentos em Gilberto, que ainda foi preso e passou 12 dias no sistema prisional gaúcho. Ele foi solto após ser comprovado que ele não havia atirado contra a viatura — como afirmavam os policiais.