Após meses de investigação, a Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta sexta-feira (28) uma operação para aprender documentos e materiais que auxiliem nas provas já obtidas sobre a suspeita de desvio de parte de R$ 300 mil destinados pelo Ministério do Turismo para a prefeitura de Espumoso, no norte do Rio Grande do Sul. Os agentes cumpriram sete mandados de busca, expedidos pela 3ª Vara Federal de Passo Fundo, no executivo municipal, e também na cidade de Nova Alvorada, que fica na mesma região.
Ao todo, foram expedidas cinco ordens judicias na prefeitura de Espumoso, nos seguintes locais: comissão de licitação, arquivo de processos, sala de engenharia e Secretaria de Obras. Outras duas ordens judicias foram cumpridas em uma empresa e na casa do proprietário, no município de Nova Alvorada.
Segundo a investigação da PF, em 2018, Espumoso fez um convênio com o Ministério do Turismo para um projeto de revitalização da Praça Municipal Arthur Ritter de Medeiros. Foi realizada licitação e uma empresa, de Nova Alvorada, foi a única a se habilitar – desta forma, saiu vencedora.
Em 2019, com a apuração em andamento, os policiais federais constataram que o serviço realmente foi realizado, mas por servidores públicos e com maquinário da prefeitura. O que, conforme edital de licitação, deveria ser feito pela empresa vencedora.
A PF não divulgou o nome da empresa e ainda apura o valor da verba — destinada pela União — que teria sido desviado.
GaúchaZH entrou em contato com a prefeitura de Espumoso para contraponto e, conforme informação da assessoria do executivo municipal, aguarda o envio de nota oficial à imprensa.