A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta segunda-feira (20), operação contra uma quadrilha da região metropolitana de Porto Alegre que rouba veículos na Capital. O grupo age com violência e atua principalmente na zona norte da cidade.
Depois dos ataques, os carros são clonados e revendidos por até R$ 15 mil, principalmente para Santa Catarina. Cerca de 40 agentes cumpriram 14 ordens judiciais, sendo nove mandados de busca e apreensão e outros cinco de prisão.
O líder do grupo, um homem de 24 anos, foi detido em Eldorado do Sul. Os outros mandados foram cumpridos em Alvorada, onde houve uma prisão, em Porto Alegre, com três detidos na Vila Nova, Vila Cruzeiro e bairro Rubem Berta, e em Florianópolis. Até as 9h, cinco suspeitos haviam sido presos.
A operação é coordenada pela Delegacia de Roubo de Veículos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Segundo o delegado Rafael Liedtke, o líder do grupo tem vários antecedentes criminais: duas receptações, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, uso de documento falso, lesão corporal, ameaça, injúria, entre outros.
O homem, conforme a polícia, participou de um dos roubos, no bairro Floresta, zona norte da Capital, quando um coronel reformado da Brigada Militar foi o alvo do grupo. A vítima, de 81 anos, foi agredida no final do mês passado a coronhadas e teve uma caminhonete avaliada em R$ 70 mil roubada pelos ladrões.
Liedtke informa que os veículos têm placas, vidros, motor e chassi adulterados para depois serem revendidos por valores entre R$ 5 mil e R$ 15 mil, dependendo da marca do carro. As investigações do Deic começaram há quatro meses. Várias vítimas já reconheceram os criminosos por fotografia.
— Ainda estamos apurando quantos roubos eles realizaram e, claro, quantas vítimas. Mas em todos os casos apurados, eles agiam em dupla, sempre armados e ameaçando as pessoas, muitas vezes agredindo — explica Liedtke.
A maioria dos veículos roubados e clonados é encaminhada para Santa Catarina, onde há comparsas da quadrilha. Segundo Liedtke, os carros são revendidos como se fossem originais. Por isso, além de roubo de veículos e organização criminosa, os suspeitos podem ser enquadrados por estelionato.
Os nomes dos suspeitos não foram divulgados pela polícia. Somente por roubo de carros, a pena máxima, em caso de condenação, é de até 16 anos de prisão.