Logo após chegar ao município de Planalto, no norte do Rio Grande do Sul, onde participará da reconstituição sobre a morte do filho, Alexandra Dougokenski, 33 anos, passou mal e precisou receber atendimento médico. A mulher está presa desde o dia 25 de maio, após confessar ter matado Rafael Mateus Winques, 11 anos. A perícia, que simulará as últimas horas de vida da criança, serve para compreender como o crime aconteceu - o início está marcado para as 18h.
Alexandra chegou a Planalto, sob escolta da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), por volta do meio-dia. A mulher, que está detida de forma temporária na Penitenciária Estadual de Guaíba, retornou ao município onde morava para participar da reprodução simulada dos fatos sobre a morte do garoto.
Ao chegar na delegacia de Planalto, Alexandra teria sofrido uma crise de ansiedade. Por isso, precisou ser socorrida por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A mulher foi medicada e passou as últimas horas dormindo dentro da delegacia. Segundo o advogado de defesa, Jean Severo, Alexandra teria acordado há pouco. O criminalista afirmou ainda que ao chegar na delegacia a cliente teria ficado muito nervosa.
Para a realização da perícia, o entorno da Delegacia de Polícia foi isolado, assim como as proximidades da casa onde Rafael vivia com a mãe o irmão, um adolescente de 17 anos. A moradia na qual foi localizado o corpo do menino, que fica ao lado da residência da família, também está isolada. O acesso na rua só é permitido para os moradores - a intenção é evitar aglomeração. No local, os peritos vão reproduzir como teria acontecido o crime. A reprodução simulada não tem previsão de término.