Correção: o pedido encaminhado pela Polícia Civil é de prisão temporária, não preventiva, da mãe de Rafael, como publicado neste texto entre as 19h44min e as 22h52min. O texto já foi corrigido.
A chefe da Polícia Civil, delegada Nadine Anflor, confirmou na noite desta segunda-feira (25) que o corpo de Rafael Mateus Winques, 11 anos, foi localizado em Planalto, no norte do Rio Grande do Sul. Conforme a delegada, a mãe do menino, Alexandra Dougokenski, confirmou que matou a criança.
A mulher alegou que a morte teria sido ocasionada por medicação. No entanto, a versão será apurada pela polícia — na terça-feira (26), perícia apontou que a criança morreu por estrangulamento.
O corpo de Rafael foi localizado em uma casa abandonada, nas proximidades de onde o menino residia. O cadáver estava enrolado em um lençol dentro de uma caixa.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, a chefe de polícia afirmou que os investigadores chegaram até a localização do corpo após a mãe confessar o crime e apontar onde deixou o cadáver do filho. A mulher afirmou que matou o filho de maneira culposa (sem intenção de matar) ao aplicar uma medicação no menino, que, segundo ela, era “muito nervoso”.
Nadine destacou que um pedido de prisão temporária contra a mulher já foi encaminhado ao Judiciário e ela deverá responder por homicídio:
— Ela é investigada agora dentro do inquérito policial, está passando por interrogatório. Então, ela está sendo indiciada neste momento. Não sei se já chegou ao poder Judiciário, mas deve estar chegando em breve a representação da prisão dessa mãe pelo crime de homicídio.
Na noite desta segunda-feira, a Justiça aceitou o pedido de prisão temporária. A mulher será encaminhada ao sistema prisional.
Nadine destacou que a possibilidade de alguém da família estar envolvido no desaparecimento da criança já era ventilada dentro da investigação. Agora, com a confissão da mãe e a localização do corpo, será apurada a eventual participação de outras pessoas no crime, segundo a delegada.
— Não se descarta a participação de outras pessoas. Isso não quer dizer que nós temos outros suspeitos, mas não se descarta em nenhum momento essa possibilidade — pontuou.
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O desaparecimento
A mãe de Rafael relatou que na manhã de 15 de maio acordou e o filho não estava mais dentro de casa. Ela contou que a porta da frente estava aberta, com a chave pelo lado de dentro. Não foram identificados sinais de arrombamento da moradia.
O caso foi comunicado ao Conselho Tutelar e à Polícia Civil. Desde então, buscas foram realizadas no município, inclusive com auxílio de cães farejadores.