A investigação do desaparecimento de Rafael Mateus Winques, 11 anos, em Planalto, no norte do Rio Grande do Sul, receberá reforço nesta terça-feira (26). Dois policiais civis de Porto Alegre com experiência em apurar sumiços de crianças seguirão para o município. O menino é procurado há mais de uma semana. A mãe relatou que acordou pela manhã no dia 15 de maio e ele não estava mais dentro de casa.
Além desses agentes do Departamento Estadual de Proteção a Grupos Vulneráveis (DPGV), que reforçarão a investigação, outros três podem ser deslocados caso haja necessidade, segundo a Polícia Civil. A intenção é dar apoio ao trabalho que já vem sendo realizado pelos policiais em Planalto.
— Estamos empreendendo várias diligências. Trabalhamos incessantemente desde o dia do desaparecimento. Agora vamos procurar reunir tudo isso que está sendo apurado para poder trazer uma linha de investigação mais sólida. Vamos esperar esses desdobramentos para podermos nos posicionar — afirmou o delegado Joerberth Nunes, do Departamento de Polícia do Interior.
Segundo o delegado Thiago Albeche, do DPGV, inicialmente a equipe especializada irá reforçar aquela já existente em Planalto, auxiliando na apuração do caso.
— Acreditamos no trabalho de qualidade que está sendo feito naquela cidade, portanto, vamos apenas reforçar e ampliar a atuação da investigação — afirmou Albeche.
Uma das perícias aguardadas é a que está sendo realizada no celular do menino. A análise está a cargo do Núcleo de Inteligência do Ministério Público, que vem apoiando a Polícia Civil no caso. Espera-se com ela identificar conteúdos que tenham sido apagados e possam dar alguma pista sobre o paradeiro da criança.
— Estamos aguardando para poder verificar se, a partir dessa análise, surge algum fato que interesse ou não para a investigação — disse Nunes.
Na sexta-feira (22), a casa da família de Rafael, de onde ele sumiu, foi analisada por uma equipe do Instituto-Geral de Perícias (IGP), assim como a moradia da avó. O veículo do padrasto, namorado da mãe, também passou pela análise. O intuito é buscar possíveis pistas que auxiliem a localizar a criança. Segundo o IGP, foi utilizado luminol – substância que detecta presença de sangue.
— Este resultado também não veio ainda. Foi pedido ao IGP prioridade na análise das amostras. Foram periciadas essas duas residências e o veículo, todos da família. É uma questão de precaução — disse o delegado Nunes.
O desaparecimento
A mãe de Rafael relatou que na manhã de 15 de maio acordou e o filho não estava mais dentro de casa. Ela contou que a porta da frente estava aberta, com a chave pelo lado de dentro. Não foram identificados sinais de arrombamento da moradia. O caso foi comunicado ao Conselho Tutelar e à Polícia Civil. Desde então, buscas foram realizadas no município, inclusive com auxílio de cães farejadores. A residência da família fica perto de uma área de mato.
A mãe disse acreditar que o filho saiu de casa usando uma camiseta do Grêmio, calça de moletom preta e chinelos, além de óculos. Essas foram as roupas que, segundo a família, desapareceram com a criança. Além da mãe, reside na casa o irmão do menino, um adolescente de 16 anos. O pai da criança é agricultor e mora em Bento Gonçalves, na Serra. Ele está em Planalto, acompanhando os desdobramentos do caso.
O Conselho Tutelar está divulgando cartazes com as fotos da criança na região. O sumiço vem mobilizando a comunidade. Quem tiver informações sobre o paradeiro de Rafael deve entrar em contato com a Polícia Civil pelo telefone (55) 3794-1340, com a Brigada Militar pelo 190 ou com o Conselho Tutelar pelo (55) 3794-2050 ou (55) 99696-1574.