Sem ter a identificação dos suspeitos das mortes de duas pessoas atacadas com golpes de faca em Porto Alegre na noite de domingo (21), a Polícia Civil tentará refazer o caminho das vítimas até os locais dos crimes. O objetivo do trabalho, segundo o titular da 17º Delegacia de Polícia, delegado Cleber Lima, é encontrar imagens de câmeras que mostrem de forma mais nítida o rosto dos assaltantes. Os dois latrocínios aconteceram em menos de três horas de diferença, no Centro Histórico e no bairro Independência. Por enquanto, os investigadores descartam possibilidade de relação entre os dois episódios.
Seimar Moraes de Souza, 44 anos, foi morto na Rua Marechal Floriano Peixoto, no Centro Histórico, às 20h32min. Segundo testemunhas, o criminoso estava de camiseta azul clara, mochila preta e bermuda clara. O crime foi flagrado por câmeras de segurança, mas o rosto do criminoso não está claro nas imagens.
Por volta das 23h09min, na Rua Tiradentes, bairro Independência, Julio Cesar Nunes da Silva, 57, também foi morto a facadas. Neste caso, uma dupla atacou a vítima. A abordagem também foi registrada por câmeras. Segundo o delegado, um dos homens é branco, com 1m70cm, e outro é moreno claro, de 1m80cm. Ambos estavam de bermuda no momento da ação. Silva não percebeu que estava sendo seguido e a polícia acredita que os criminosos levaram seu celular.
Souza e Silva foram sepultados nesta terça-feira (23) na Capital. A polícia já ouviu duas testemunhas e, nos próximos dias, também colherá depoimentos dos familiares, segundo o delegado:
— Acreditamos que sejam pessoas que pratiquem delitos na área central contra pedestres, até pelo tipo de arma que tinham (facas). Pela descrição que recebemos, o primeiro crime foi feito por alguém que assaltaria qualquer pessoa que passasse por ele naquele momento. Pelas características descritas, estava drogado. São pessoas flutuantes, que podem ser de fora e venham cometer crimes no Centro.
Denúncias podem ser feitas ao telefone 181 ou pelos números da 17ª DP: (51) 3224-4232, (51) 3211-3866 e (51) 3346-2299. A polícia garante sigilo absoluto do denunciante.