Nesta terça-feira, a chefe de Polícia, Nadine Anflor, está indo pessoalmente a Planalto, no norte do RS, para acompanhar as investigações sobre o morte de Rafael Mateus Winques, 11 anos. A delegada, junto com a diretora-geral do Instituto-Geral de Perícias (IGP), Heloísa Helena Kuser, e o sub procurador-geral para Assuntos Institucionais do Ministério Público (MP), Marcelo Dornelles, irão visitar a casa onde o menino vivia com a mãe, Alexandra Dougokenski, 32 anos, que confessou participação no crime, e o irmão de 17 anos.
Assim que chegar a cidade, às 13h, Nadine irá se reunir com os quatro delegados responsáveis pelo caso. No encontro, além de apoio institucional, a chefe de Polícia vai verificar o que ainda preciso ser feito para conclusão dos trabalhos e irá alinhar os próximos passos da investigação. Mais tarde, às 15h, Nadine se reúne com a diretora-geral do IGP e o sub procurador-geral na Delegacia de Polícia de Planalto. Na sequência, o trio irá até o local do crime, que fica a poucas quadras da DP.
Rafael vivia em uma casa pequena de tijolo à vista, idêntica e no mesmo terreno da residência onde o corpo do menino foi encontrado, há oito dias. O garoto desapareceu no dia 15 de maio e no dia 25 a mãe confessou à Polícia Civil ter exagerado na dosagem de medicamentos para a criança. Ela alega, em depoimento, que não teve a intenção de matar o filho. O laudo do IGP aponta que Rafael foi morto por asfixia.
O delegado Ercílio Carletti afirma que nesta terça-feira deverão ser ouvidas mais pessoas sobre a morte do menino. Mas ressalta, porém, que não são depoimentos de peças-chaves do caso.
— Ainda assim elas poderão trazer alguns elementos para montar esse quebra-cabeça, poderão ter algo a contribuir — considera.
A polícia também trabalha para avaliar os pontos divergentes entre os relatos da mãe e do irmão de Rafael. O adolescente afirmou na escuta, realizada na última sexta-feira (29), que estava dormindo, mas alguns pontos apresentam divergência com o relato da mãe, segundo a investigação. Os investigadores não dão detalhes dos pontos contraditórios. O relatório da escuta especializada foi recebido nesta segunda-feira (1º):
— Há contradições e estamos analisando ponto por ponto. Temos que analisar toda a fala dela, que é extensa, para poder dar um norte a essas divergências e discrepâncias. Estamos avaliando a fala dela com a fala de diversas outras pessoas que foram ouvidas no inquérito. É uma análise geral de todos.