A Polícia Civil divulgou na manhã desta sexta-feira (29) o resultado da Operação Maio Vermelho, deflagrada para combater a guerra entre duas facções que causou a morte de oito pessoas em um intervalo de 36 horas, no começo de maio, em Porto Alegre. Ações foram realizadas durante vários dias, inclusive com uso de helicóptero desde o final da noite de quinta-feira (28) na região da Vila Cruzeiro, na zona sul da cidade.
Os homicídios ocorreram entre os dias 2 e 4, depois que um dos grupos matou um bebê e feriu quatro adultos na Vila Maria da Conceição, em fevereiro. Segundo a delegada Vanessa Pitrez, diretora do Departamento de Homicídios da Capital, o crime acabou sendo o estopim da guerra entre as facções.
- Vanessa Pitrez explica passo a passo a investigação:
Em coletiva de imprensa na manhã desta sexta, Vanessa destacou que as organizações criminosas têm bases no bairro Bom Jesus, zona leste, e na Vila Cruzeiro. Os grupos disputam pontos de venda de drogas.
Em uma das investidas, pelo menos quatro homens atiraram contra várias pessoas no dia 2 de fevereiro deste ano na Rua Paulino Azurenha, na Maria da Conceição. Na ocasião, o bebê Emanuel Alessandro Costa dos Santos foi morto após levar dois tiros. Dois homens e duas mulheres foram baleados no ataque.
Conforme a delegada, sete dos assassinatos ocorridos em maio estão vinculados ao grupo da Zona Sul e um ao grupo da Zona Leste. Segundo Vanessa, os dois mandantes foram identificados. Eles estão no sistema prisional - um no regime fechado e outro no semiaberto.
Durante a operação, três suspeitos foram presos e dois adolescentes, apreendidos. Eles são investigados por terem executado integrantes de facção rival. Outros dois investigados estão foragidos. A polícia ainda apreendeu 40 celulares, sendo que dois aparelhos pertenciam a dois dos presos na ofensiva e o restante a integrantes das duas facções que estão detidos no Presídio Central.