Cid Martins
A Polícia Civil finalizou na manhã desta terça-feira (19) mais uma etapa de uma investigação de dois anos sobre lavagem de dinheiro realizada por uma facção que tem base no Vale do Sinos e é responsável pelo ingresso de 10 toneladas de cocaína por ano no Rio Grande do Sul. A ação foi em parceria com o Ministério Público (MP). Foram cumpridas mais de 300 ordens judiciais com apreensão de bens no Estado e em Santa Catarina avaliados em R$ 16,1 milhões, além de 10 suspeitos detidos. Dois são líderes do esquema criminoso que conta com uma fazenda — alvo de apuração paralela — no Mato Grosso com quase três vezes o tamanho da área de Porto Alegre.
Segundo o delegado Adriano Nonnenmacher, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Lavagem de Dinheiro do Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc), a propriedade rural fica em um município próximo à fronteira com a Bolívia, tem pista de pouso para aeronave e foi avaliada em R$ 42 milhões. O local, que está em nome de um laranja ligado a um dos responsáveis pela facção, tem cerca de 140 mil hectares — Porto Alegre tem 49,6 mil hectares.