Desde a metade de março, o juiz titular da Vara de Execuções Criminais da Região Central, Leandro Sassi, está analisando o caso de presos que podem ser liberados para a prisão domiciliar como forma de conter a propagação da covid-19 nas 11 casas prisionais da região. Desde então, 403 apenados, a maioria do regime aberto, que apenas dormiriam na prisão, foram liberados para casa. No caso de detentos dos regimes semiaberto e fechado, as regras são mais rígidas, e a liberação só ocorre com tornozeleira eletrônica. Destes 403, 24 acabaram infringindo as regras estabelecidas pelo magistrado, e foram levados de volta ao presídio.
Entre os 24, 12 tratam-se de violações administrativas. São presos que não estavam em casa no horário em que deveriam ou então estavam em algum local diferente do informado. Isso vale também para quem está com tornozeleira eletrônica e percorreu alguma rota que não poderia. Por conta disso, são recolhidos novamente.
Os outros 12 se envolveram em novos crimes. A metade foi presa novamente por casos de violência doméstica. Os outros seis casos foram uma tentativa de homicídio, ocorrida em Bento Gonçalves; um apenado que praticou roubos, em Restinga Seca; um que danificou uma funerária, em Agudo; dois por porte de arma e um por porte de drogas, em Santa Maria.
Sistema prisional
Na Região Central, 6% dos presos liberados devido à covid-19 infringiram as regras e voltaram para a prisão
Outros 94% dos detentos beneficiados com a prisão domiciliar estão cumprindo as determinações do juiz. Dos que foram recapturados, metade voltou a cometer crime