A previsão de concluir a penitenciária de Sapucaia do Sul até março deste ano não foi possível devido a impasses em relação ao Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI) e à rede de esgotos. Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária (Seapen), por enquanto não há nova data estipulada enquanto estas questões não forem resolvidas. A casa prisional com 600 vagas é considerada importante para desafogar outras cadeias da Região Metropolitana e evitar que presos fiquem em delegacias ou viaturas.
Seapen informou que a obra está concluída desde o final do ano passado e que mantém reuniões constantes, inclusive com aumento dos encontros — alguns virtuais — para encontrar uma solução eficaz e mais rápida para os casos. Sobre o PPCI, o órgão busca alternativas com o Corpo de Bombeiros Militar (CBM), destacando que foram exigidas mais saídas de emergência que podem comprometer a segurança da penitenciária. Por outro lado, o comando CBM destacou que o PPCI foi analisado no ano passado e reprovado justamente porque as saídas de emergência não estavam de acordo com a legislação vigente. Os planos foram devolvidos à construtora para adequação.
Esgoto
Mesmo que a prefeitura de São Leopoldo — que é a região para onde os dejetos serão enviados — tenha feito um acordo com o governo em janeiro deste ano, a Fundação de Proteção Ambiental (Fepam) fez novas exigências para evitar poluição da localidade. O executivo municipal solicitou documentos complementares à Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) e aguarda pela liberação da rede de esgoto. A penitenciária fica nas proximidades do zoológico de Sapucaia do Sul, no limite com São Leopoldo, e custou R$ 44,3 milhões. Uma empresa construiu o imóvel como permuta com o governo pela aquisição da área do antigo ginásio da Brigada Militar. Antes de março deste ano, outra data prevista para o funcionamento da casa prisional era outubro de 2019.