A Polícia Civil, por meio do Departamento de Homicídios, deflagrou na manhã desta sexta-feira (7) operação contra integrantes de uma facção criminosa investigada por tráfico de drogas e homicídios em Porto Alegre. Segundo a apuração, o grupo atua no bairro Lomba do Pinheiro e, nos últimos meses, começou a lavar dinheiro comprando veículos e imóveis em nome de laranjas — os bens foram avaliados em R$ 1,1 milhão.
A investigação começou a partir do monitoramento de um dos três imóveis sequestrados judicialmente nesta sexta, que fica no bairro Aberta dos Morros, zona sul da Capital. Os agentes confirmaram que a casa, de classe média e que tinha grande movimento de carros e de pessoas, pertencia ao líder do grupo criminoso.
Os traficantes têm base na zona leste da cidade e são ligados a uma quadrilha que passou a agir na região na década passada e que, atualmente, pratica crimes em todo o Estado e no sul de Santa Catarina.
Além do imóvel na Aberta dos Morros, outros dois também foram alvo de mandado de apreensão. Os endereços não foram divulgados e, devido à Lei de Abuso de Autoridade, não será repassado o nome do traficante apontado como líder do grupo criminoso.
Cinco veículos foram recolhidos e contas bancárias, bloqueadas. Após a análise destas contas, o valor apreendido pode superar o montante de R$ 1,1 milhão.
Em um dos imóveis alvo de busca, um foragido do sistema semiaberto foi recapturado. O homem, que também não teve o nome divulgado, tem antecedentes por tráfico de drogas e homicídio.
A investigação, que resultou na operação desta sexta-feira e recebeu o nome de Whiskey Charlie Bravo, começou em março de 2019. Outros traficantes estão sendo investigados e mais bens adquiridos por meio de lavagem de dinheiro estão na mira da polícia. Para isso, foi solicitada também a quebra dos sigilos bancários e telefônicos de todos os suspeitos de integrar a organização criminosa. Cerca de 50 policiais cumpriram nove mandados de busca e apreensão.