Com as mãos, Carla* simula a distância que ainda enxerga entre as vítimas da violência doméstica e o sistema que deve resguardá-las. Para ela, há um abismo entre os dois lados. Por mais de uma década, foi espancada dentro de casa na Região Metropolitana. Há três anos, quando voltava do trabalho, o ex lhe atacou a facadas — foram 12 golpes. A mulher, hoje com medida protetiva, ainda passa por cirurgias para se recuperar das cicatrizes externas.
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