
O homem que matou pai, mãe e filho a tiros na tarde de domingo (26), no bairro Lami, zona sul de Porto Alegre, após discussão de trânsito, estava com uma pistola 9 milímetros. No ano passado, essa arma e outras, que eram de uso restrito, tiveram acesso permitido para o cidadão comum após portaria publicada em agosto no Diário Oficial da União.
Apesar de não divulgar o nome do autor dos disparos, conforme a Lei de Abuso de Autoridade, a polícia inicialmente verificou que o investigado não tinha permissão para posse ou porte — que é conduzir a arma pelas ruas — de uma pistola 9 milímetros.
Em cinco endereços, após buscas na manhã desta segunda-feira (27), foram apreendidas uma pistola 380, em nome da mãe dele, em uma casa e um revólver calibre 38, sem registro, no comércio da família. GaúchaZH apurou que o foragido é Dionatha Bitencourt Vidaletti, 24 anos.
Mudanças
O texto, de agosto do ano passado, regulamentou um dos decretos do presidente Jair Bolsonaro e coube ao Exército definir qual armamento se enquadraria nas novas determinações estabelecidas. A portaria possibilita a comercialização para qualquer pessoa, desde que cumprissem todos os trâmites legais e exigências para a posse e para o porte.
Segundo a Polícia Federal, já houve pedidos de porte de pistola 9 milímetros concedidos no Estado depois da flexibilização das normas. Além deste tipo de pistola, armas com calibres .40, .44 e .45, além de pistola 10 milímetros e revólver ou carabina Magnum 357, também tiveram o uso permitido. Fuzis seguiram listados como restritos.