
Em meio à crise no sistema de saúde do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite salientou que é necessário "diálogo" com os prefeitos para solucionar os problemas como a falta de verbas. Cumprindo agenda nos Estados Unidos, ele concedeu entrevista à Rádio Gaúcha nesta terça-feira (13).
Leite foi questionado por Kelly Matos, que acompanha a série de encontros na chamada Brazilian Week, em Nova York, sobre a crise da saúde que atinge Canoas, assim como outras cidades da Região Metropolitana e também Porto Alegre. Municípios estão com superlotação das emergências dos hospitais, crescimento das filas de espera para consultas.
A reclamação dos prefeitos é sobre o cálculo de no mínimo 12% da receita que o governo do RS é obrigado a aplicar no na saúde. No Rio Grande do Sul, esse percentual é atingido com a contabilização de despesas consideradas “controversas”, como a contribuição patronal para o IPE Saúde e outros gastos com aposentadorias e pensões. Se o dispêndio com inativos for desconsiderado, o investimento seria de pouco mais de 9%.
— O Tribunal de Contas tem o entendimento de que o Estado cumpre os 12%. Cumprimos seguindo as mesmas regras que todos os governos que nos antecederam cumpriram — disse.
Veja trecho da entrevista
Leite pontua que o governo busca avançar em investimentos na saúde. O governador afirma que seu primeiro compromisso foi quitar dívidas de gestões anteriores:
— Pagamos dívidas que a gente recebeu de governo anteriores, tinha R$ 1,2 bilhão de dívidas com fornecedores de medicamentos, prestadores de serviços, hospitais e municípios. Quando eu assumi, tudo isso foi pago e não se deixou atrasar mais.
Leite argumenta que, com as contas em dia, abriu-se espaço para novos investimentos na saúde em todo o Rio Grande do Sul.
— Tenho certeza que com bom diálogo a gente caminha para soluções. Saúde é complexo, é difícil, os custos são muito maiores do que a capacidade do poder público de suportar. Mas eu vou continuar determinado a acertar esse estado. (...) Vamos precisar muito da parceria dos prefeitos para isso.