Um estudante de 17 anos armado com um facão e uma garrucha (arma de cano curto) feriu dois colegas nesta quinta-feira (7) em Caraí, no interior de Minas Gerais, a 543 quilômetros de Belo Horizonte. O crime aconteceu por volta de 8h na escola estadual Orlando Tavares, que fica no distrito de Ponto de Marambaia, na zona rural da cidade.
De acordo com a Polícia Militar, o estudante, que cursa o 3º ano do Ensino Médio, pulou o muro da escola e invadiu uma das salas de aula, onde desferiu golpes contra os colegas. Um dos estudantes foi atingido por um tiro no pescoço e o outro foi ferido com golpes de facão nos braços
As duas vítimas foram socorridas por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhadas para um hospital na cidade vizinha de Padre Paraíso. Em nota, o hospital Nossa Senhora Mãe da Igreja informou que os dois estudantes foram atendidos e que não correm risco imediato de morrer. Um deles precisou receber uma transfusão de sangue e aguarda transferência para hospital em Teófilo Otoni.
A secretaria de Educação de Minas Gerais informou, também em nota, que acompanha a situação dos alunos que foram feridos e que repassou todas as informações necessárias sobre o crime para os órgãos competentes que farão a investigação do caso.
O suspeito do crime foi detido pela Polícia Militar. Depois do incidente, a escola suspendeu as aulas nesta quinta-feira.
Outros ataques em escolas
Ataques do tipo têm sido mais frequentes nos últimos anos no país. Em 13 de março deste ano, dois jovens entraram armados em um colégio em Suzano, na Grande São Paulo, e mataram a tiros cinco estudantes e duas funcionárias, antes de se matarem. Pouco antes de ir à escola, um dos atiradores havia matado o próprio tio.
Em 2018, um estudante de 15 anos atirou contra colegas em um colégio em Medianeira, no Paraná, deixando dois feridos. O adolescente e um colega que lhe deu cobertura, ambos apreendidos pela polícia, cursavam o primeiro ano do Ensino Médio.
Em 2017, um estudante de 14 anos matou dois colegas e feriu outros quatro em Goiânia, com uma pistola da mãe, que é policial militar. Segundo a Polícia Civil, na época, o adolescente foi motivado por bullying.
Um dos casos mais chocantes dos últimos anos ficou conhecido como massacre de Realengo, no Rio de Janeiro, quando um atirador entrou na escola em que havia estudado e matou 12 adolescentes — 10 meninas e dois meninos.