O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou quatro pessoas por participação no massacre ocorrido na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, em março deste ano. Segundo o promotor de Justiça responsável pela denúncia, Rafael Ribeiro do Val, todos tiveram participação na venda de armas e munições para os dois atiradores.
Um dos denunciados teria negociado a venda de munições diretamente aos dois atiradores, como também intermediou a compra da arma de fogo utilizada no ataque. Outro suspeito seria o responsável pela venda da arma já com numeração parcialmente suprimida. Os demais venderam munições.
O promotor solicitou a prisão preventiva dos quatro denunciados, ressaltando que a medida é necessária para a garantia da ordem pública, sobretudo "quando toda a sociedade trava uma batalha contra o aumento indiscriminado da violência, exigindo (...) uma resposta rápida e eficaz do Judiciário".
Caso a denúncia seja aceita, os quatro vão responder por tentativas de homicídio e homicídios consumados.
O ataque
O ataque à escola, ocorrido na manhã do dia 13 de março, foi provocado por dois ex-alunos — um adolescente de 17 anos e um homem de 25 anos — encapuzados e armados. Dez pessoas morreram, sendo duas funcionárias da escola, cinco alunos, um comerciante, tio de um dos atiradores, e os dois atiradores. O atentado deixou ainda 11 feridos.