Presos fugiram na manhã deste domingo (1º) de um dos dois contêineres-cela instalados no pátio do Instituto Penal de Novo Hamburgo (IPNH), no Vale do Sinos. O grupo de nove homens escapou por volta das 9h, após entortar barra de ferro de uma das portas da estrutura com capacidade para 16 suspeitos. Minutos depois de escaparem, quatro foram recapturados – três em uma praça na Rua Rio de Janeiro, perto do IPNH, e um na Avenida Pedro Adams Filho, na área central do município.
Aparentemente, os apenados teriam rompido a alça que prendia um cadeado de uma porta interna e depois serraram a base de uma barra de ferro fixada ao piso da segunda porta, entortando o suficiente para ter espaço para a fuga. Em seguida, chegaram ao pátio do IPNH e pularam um muro.
No momento em que escaparam, três PMs faziam a vigilância dos apenados e responderão a inquérito policial militar, aberto para apurar o caso por determinação do comandante da Brigada Militar no Vale do Sinos, coronel Vitor Hugo Konarzewski. Outro inquérito também será conduzido pela Polícia Civil.
Utilizados desde maio para evitar que presos fiquem algemados em viaturas e em delegacias aguardando transferência para presídios, cerca de duas semanas depois de "abrigar presos" os contêineres foram submetidos à modificação de estrutura em razão de depredações – eram equipados com bancos de madeira, desmanchados pelos presos e usados como alavanca para entortar grades.
Os contêineres-celas foram comprados com recurso repassado pelo Judiciário, advindo de pagamentos de transações penais. O juiz Carlos Fernando Noschang Junior, da Vara de Execuções Penais, de Novo Hamburgo, lamentou o episódio:
– Assim como os presídios são suscetíveis à fuga, todo equipamento está sujeito à depredação. O contêiner faz parte de um projeto-piloto que tem trazido benefício para a sociedade. Vamos aproveitar esta experiência negativa para melhorar a segurança.