Curtir o verão no litoral catarinense, em uma casa de dois andares de alto padrão, a poucos minutos da praia. Morar em casarão com piscina e móveis de luxo. Essa é a vida de investigados pela Polícia Civil em ação que desarticulou esquema de lavagem de dinheiro de facção criminosa que atuava no Estado. Nesta quarta-feira (24), os policiais deflagraram a segunda fase da ofensiva e sequestraram duas casas, uma em Campo Bom e outra em Garopaba (SC).
O delegado Adriano Nonnenmacher, da Delegacia de Repressão ao Crime de Lavagem de Dinheiro do Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc), diz que também foram cumpridas ordens judiciais em Porto Alegre, Novo Hamburgo e Estância Velha.
A residência resgatada em Garopaba fica a nove minutos, de carro, da beira da praia. Com cercas de vidro, televisão LCD, paisagismo com acabamento em pedras claras ornamentando a entrada principal, a casa de dois pavimentos está localizada no loteamento Quinta dos Açores, segundo a Polícia Civil. A moradia seria, segundo a documentação, de uma mulher que reside na zona norte de Porto Alegre e que, conforme a renda salarial, não teria condições de comprar imóvel semelhante.
Já a casa de Campo Bom, na área central do município do Vale dos Sinos, tem dois andares e piscina. De acordo com a polícia, no local, havia eletrodomésticos de alto valor.
A residência está em nome de um laranja, que teve a prisão decretada e foi detido nesta segunda fase da operação — o nome dele não foi divulgado.
Os dois imóveis resgatados nesta terça-feira (24), segundo o delegado, estão avaliados em R$ 1,5 milhão.
Entre os veículos apreendidos chama atenção o alto padrão e o custo dos bens. Os policiais encontraram uma moto F 800 GS, que pode custar até R$ 38 mil, segundo a tabela Fipe, além de um utilitário Q7, que pode chegar em R$ 400 mil, e uma picape Outlander, cujo valor é de cerca de R$190 mil.