A investigação de uma briga ocorrida em dezembro em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, levou à prisão de um casal na manhã desta quarta-feira (21) com armamentos que estariam sendo guardadas para uma facção criminosa. Foram apreendidas na residência no bairro Canudos, cinco pistolas, quatro espingardas e um kit para converter uma pistola em submetralhadora, além de munição e carregadores.
Segundo o delegado Márcio Niederauer, da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Novo Hamburgo, na residência era cumprido mandado de busca e apreensão. A ação fazia parte da investigação por uma briga generalizada ocorrida no município no fim do ano passado. Na confusão, uma pessoa ficou ferida e o caso chegou a ser investigado como tentativa de homicídio. Havia informações de que o morador da casa alvo de mandado nesta quarta-feira teria uma arma.
Durante as buscas na residência, os policiais depararam com os armamentos escondidos dentro de um guarda-roupas no quarto do casal, onde dormia uma criança de sete anos. Foram apreendidas no total quatro pistolas calibre 9 milímetros, uma pistola calibre .380, quatro espingardas calibre 12, sendo uma delas automática, o kit utilizado para converter pistola em uma submetralhadora, munições calibres 12, 9 milímetros e 380, além de 15 carregadores de pistola.
— Esperávamos encontrar apenas essa pistola, mas fomos surpreendidos por este armamento. Uma das armas (a espingarda automática) é de origem russa e pouco comum de ser encontrada. As armas eram guardadas para um grupo criminoso com atuação no Vale dos Sinos — afirmou o delegado.
Segundo o policial, parte das armas estava municiada. Uma das suspeitas é que o casal recebia da facção para manter os armamentos na residência.
— Isso será investigado. Mas é comum criminosos pagarem pessoas sem antecedentes, como é o caso desse casal, para armazenar armas e drogas — explica o delegado.
O homem, de 36 anos, e a mulher, de 39 anos, foram presos em flagrante pelos crimes de porte ilegal de armas de fogo de uso restrito e com numerações suprimidas. Os nomes dos presos não foram divulgados pela Polícia Civil. Em depoimento, a mulher negou que soubesse que o armamento era armazenado na casa. O homem se negou a prestar depoimento.