A Polícia Civil de São Paulo prendeu, neste fim de semana, quatro suspeitos de ter participado do roubo de 720 quilos de ouro do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na última quinta (25).
O primeiro a ser preso, ainda na noite deste sábado (27), foi o aeroviário Peterson Patrício, 33. Ele é funcionário do terminal de cargas do aeroporto e alegou, horas depois do crime, ter sido obrigado pelos assaltantes a ajudar no roubo quando mantido refém junto da família. Detido, ele confessou participação na ação criminosa.
Outro funcionário do aeroporto é suspeito de participação no crime. Ele não teve o nome divulgado.
Outros dois homens, que também não tiveram as identidades reveladas, também foram presos. Segundo investigadores, seriam os donos de um estacionamento usado pelos ladrões para deixar as caminhonetes usadas no roubo. A informação é do G1.
Nas imagens referentes ao momento do roubo, captadas pelo sistema de segurança do aeroporto, o aeroviário é o primeiro a aparecer saindo de uma caminhonete clonada da Polícia Federal.
Ele indicou aos outros integrantes da quadrilha o local exato onde estavam os malotes de ouro, cujo valor estimado supera R$ 120 milhões, e chegou a transportar algumas peças que estavam soltas em um contêiner.
Segundo a Folha de S.Paulo apurou, as suspeitas começaram a recair sobre o funcionário após uma série de contradições em sua versão sobre o crime. Os detalhes da prisão devem ser fornecidos pela Polícia Civil ao longo deste domingo.
No dia seguinte ao roubo, o delegado responsável pela investigação, João Carlos Miguel Hueb, descreveu Patrício como um funcionário que trabalha há sete anos no aeroporto de Guarulhos e nunca havia apresentado nenhum tipo de problema.
Até agora nenhum grama do ouro foi recuperado. Os investigadores estimam que a quadrilha tenha gasto cerca de R$ 1 milhão para levar a cabo o roubo.