Pela quarta vez, nenhuma empresa manifestou interesse em fechar o túnel aberto por criminosos para uma fuga em massa no presídio Central de Porto Alegre. A ação dos detentos foi descoberta em fevereiro de 2017 e, desde outubro daquele ano, o governo do Estado tenta contratar o serviço. A última tentativa ocorreu nesta segunda-feira (8). Mais uma vez, o edital foi considerado deserto.
Conforme a Central de Licitações, o processo volta para a Secretaria Estadual da Segurança, que avaliará o que será feito. A previsão do governo era gastar até R$ 52,4 mil com o fechamento do túnel. Nas últimas três licitações, o valor máximo estimado era de R$ 21,8 mil.
A investigação da Polícia Civil identificou que o túnel poderia resultar na maior fuga de presos da história do Presídio Central, com a passagem de 200 a mil detentos durante o Carnaval de 2017. A facção cobrava valores de outros grupos criminosos para que também fugissem.
À época da descoberta, o túnel, que partia de uma casa nas imediações do presídio, tinha 47 metros escavados — a estimativa é de que faltassem cerca de 60 metros para alcançar a cadeia. A entrada do túnel foi fechada com concreto, mas o restante da escavação permanece aberto.