O menino de quatro anos que foi baleado durante tiroteio em Cristal, na zona sul do Estado, teve morte cerebral confirmada pelo Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre na tarde desta sexta-feira (19). Ele foi atingido por três tiros quando dois carros tentaram furar uma barreira da Polícia Federal na madrugada de quarta-feira (20).
A mãe da criança, Daniela Weissmann, 35 anos, morreu no local, e o pai dele, preso no dia do confronto, foi encontrado morto na cela da Superintendência da Polícia Federal (PF) na Capital, na noite de quinta-feira (18).
Às 11h50min, uma equipe da Volante da Polícia Civil foi acionada para registrar o óbito. No mesmo horário, conforme assessoria do Instituto Geral de Perícias (IGP), também foi acionada uma equipe do Departamento Médico Legal (DML). Mas a confirmação da morte cerebral só foi comunicada pelo HPS às 15h40min. Os órgãos da criança serão doados.
O menino estava internado na UTI Pediátrica desde quarta-feira (17). Nesse período, o estado de saúde dele passou de grave para gravíssimo. A criança foi atingida na cabeça, no abdômen e na nádega. Ela recebeu os primeiros atendimentos no local, depois foi para o hospital de Camaquã e, posteriormente, transferida para a Capital.
O garoto estava com os pais em um dos carros que furou o bloqueio policial. No outro veículo estava Alinne Pirola, 25 anos, que também morreu no local, e sua filha de dois anos, que teve apenas ferimentos leves.
A PF informou que eles iriam resgatar criminosos que haviam atacado no dia 6 de julho uma agência do Bradesco em Dom Feliciano. Os bandidos haviam trocado tiros com os policiais e se esconderam em um matagal. O cerco policial continua. A PF apura o caso, bem como o suicídio do pai do menino na cela da superintendência do órgão. O Ministério Público Federal (MPF) investiga a ação policial.