Um capacho preto escrito a mão dá as boas vindas a quem chega ao apartamento de Marley Silva. Após seguidos lances de escada - o prédio não tem elevador -, a porta de ferro suporta um cartaz que anuncia "cuidado, cão bravo", e a estampa de um rottweiler contrasta com o pano usado para limpar os pés. É na entrada de casa que Maria de Fátima Silva recebe a reportagem de GaúchaZH. Demonstrando um misto de medo de quem passou os últimos três anos visitando o filho no presídio e a vontade de provar a inocência do jovem, sustenta a tese de que a prisão foi motivada pela situação social da família.
Justiça
"Meu filho foi preso por ser preto e por ser Silva", diz mãe de jovem que ficou três anos preso por engano no Central
Justiça soltou Marley Silva, de 26 anos, após novas evidências apontarem que ele não foi autor de homicídio em 2015
Tiago Boff
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