Tiago Boff
Um capacho preto escrito a mão dá as boas vindas a quem chega ao apartamento de Marley Silva. Após seguidos lances de escada - o prédio não tem elevador -, a porta de ferro suporta um cartaz que anuncia "cuidado, cão bravo", e a estampa de um rottweiler contrasta com o pano usado para limpar os pés. É na entrada de casa que Maria de Fátima Silva recebe a reportagem de GaúchaZH. Demonstrando um misto de medo de quem passou os últimos três anos visitando o filho no presídio e a vontade de provar a inocência do jovem, sustenta a tese de que a prisão foi motivada pela situação social da família.
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