O comandante da Brigada Militar (BM), Mário Ikeda, ressaltou nesta quinta-feira (27) os chamados ossos de ofício dos policiais militares após dois colegas de farda morrerem durante patrulhamento, na noite de quarta-feira (27), em um beco da zona leste de Porto Alegre. Rodrigo da Silva Seixas, 32 anos, e Marcelo de Fraga Feijó, 30 anos foram recebidos a tiros em uma abordagem de rotina e não resistiram aos ferimentos no hospital.
— O trabalho que eles estavam fazendo é um trabalho dedicado, que é ir em local de crime, reincidente, fazer abordagem, identificação. E esse trabalho na grande maioria é anônimo e de extremo risco, que expõe a fragilidade daquele policial militar, mas que mesmo com o risco da própria vida, que é o juramento que fazem quando entram na Brigada e não é uma retórica, esses policiais militares cumprindo seu dever acabaram lamentavelmente vitimados — avaliou Ikeda, em entrevista ao Gaúcha Atualidade.
De acordo com o comandante, a corporação realiza diariamente abordagens no local, na Rua Paulino Azurenha, próximo à Avenida Bento Gonçalves, e seria um conhecido ponto de tráfico de drogas. Ainda na terça-feira (25), a polícia apreendeu três quilos de cocaína na região.
— Toda a Brigada no seu patrulhamento vai nos pontos de risco, principalmente os sabidos de crime. E eles foram fazer a identificação de pessoas suspeitas, ocorre que aconteceu um tiroteio, onde eles foram vítimas — explicou o comandante. — Existe o risco real e iminente ao fazermos essas ações — enfatizou.