Pela sexta noite consecutiva, a vigilante Nildaia Ferreira Santos, 43 anos, moradora do bairro Mario Quintana, na zona norte de Porto Alegre, não conseguiu dormir direito. Seu sono tem sido atrapalhado pelo desaparecimento do filho, Alyson Santos Ritta de Oliveira, 16 anos, que não é visto desde a última sexta-feira (17). O caso está sendo investigado pela Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente Vítima (DPCAV) do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca).
De acordo com a mãe, Alysson desapareceu em meio a um turno de aulas, durante a manhã de sexta-feira, na Escola Municipal Deputado Victor Issler, no bairro Protásio Alves, na Zona Norte.
— O pai dele sempre o leva para a escola e a irmã dele busca. Ele toma medicamentos controlados, então temos cuidados de levá-lo e buscá-lo na escola. Só que na sexta-feira o pai dele o deixou dentro da escola e quando foram buscá-lo, ele tinha sumido — afirma a mãe.
Na escola, servidores que preferiram não se identificar confirmam que o adolescente esteve presente nas aulas de sexta-feira, mas afirmam que ele foi embora ao final do turno.
A titular da DPCAV, delegada Sabrina Dóris Teixeira, afirma que o caso está sendo investigado. Com base em postagens feitas em redes sociais e atribuídas ao adolescente, a delegada acredita que ele esteja bem e que possa, a qualquer momento, retornar para casa.
— Vamos intimar alguém da escola. É importante sabermos em que momento ele desapareceu — explica a policial.
Nildaia, no entanto, suspeita das mensagens atribuídas a Alysson.
— Não sei se são dele ou se foi forçado a escrever — afirma a mãe, assustada.
De acordo com a vigilante, o filho já havia sumido outra vez, mas por período menor.
— Não deixo ele ir nessas festa funk, então uma vez ele sumiu para ir a uma. Mas logo depois voltou — conta.