O oficial de cartório Paulo Odilon Xisto Filho, 36 anos, acusado de matar a modelo gaúcha Isadora Viana Costa, 22 anos, foi condenado pela justiça de Santa Catarina por porte ilegal de acessório para arma de fogo. A decisão foi dada nesta quarta-feira (15) e atende ao pedido do Ministério Público.
Segundo a acusação, durante os mandados de busca e apreensão na casa de Xisto Filho e no local de trabalho, foi encontrada uma "mira à laser para uso em arma de fogo, fabricada na Argentina por Láser Car TRL, modelo Cat Glock Series, acessório de uso restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal".
A condenação inicial que era de três anos de prisão e foi convertida em serviços comunitários e pagamento de multa de 50 salários mínimos.
Na época, durante o cumprimento dos mandados, os policiais também haviam apreendido uma espingarda e uma pistola com registros vencidos. Estas, no entanto, foram regularizadas posteriormente.
Xisto Filho responde em liberdade pela morte da Isadora. O crime foi cometido em maio de 2018, em Imbituba (SC). O Ministério Público acusa o réu de ter imobilizado a namorada após uma discussão, desferindo, na sequência, vários golpes no abdômen.
Na denúncia, ainda consta que Xisto Filho se irritou porque Isadora chamou familiares dele quando o acusado passou mal pelo uso de cocaína. A família não teria conhecimento do uso de drogas, diz a acusação. Os dois estavam juntos havia cerca de dois meses.
O que diz a defesa:
— Não concordamos com a condenação e vamos recorrer porque entendemos que a conduta não é criminosa. Ele tinha ganhado de presente de um amigo essa mira. Ela inclusive estava dentro de uma caixa. Não tinha nenhuma relação com o crime. Não estava acoplada na arma e, para acoplar, esse processo teria de ser feito por um profissional — argumenta o advogado Aury Lopes Jr.