O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, afirmou nesta quarta-feira (10), que o assassinato do músico Evaldo dos Santos por militares foi um "incidente lamentável" e que será apurado pela Justiça Militar.
— Vamos apurar e cortar na carne — disse o ministro.
— Eu acho que foi um acidente lamentável, triste, triste, mas um contexto isolado. E será apurado até as últimas consequências. A Justiça Militar é uma justiça célere — afirmou ele.
O ministro afirmou que os militares envolvidos no episódio foram presos após apuração conjunta com a Polícia Civil, por descumprirem as normas do Exército.
— Está sendo apurado, é a primeira coisa que foi feita. Ouviram todos os envolvidos a noite inteira, e constataram que eles não seguiram as normas regulamentares, foram presos por não seguir as normas disse.
O ministro falou durante reunião da comissão de Relações Exteriores, presidida por Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro. Ele foi questionado sobre a ação do Exército que resultou na morte do músico.
O carro da família foi alvejado por 80 tiros de uma tropa do Exército em Guadalupe, zona norte do Rio de Janeiro, no domingo (7). O ministro da Defesa e Sergio Moro, titular da pasta da Justiça, foram os únicos membros do governo federal a se manifestar sobre o tema.