O fato de grupos criminosos terem se especializado em ataques a carteiros motorizados no Rio Grande do Sul, nos últimos anos, fez com que essas ocorrências aumentassem desde 2016.
No ano passado, por exemplo, foram 71 casos – o que corresponde a um aumento de 39,22% em relação ao 2017, quando ocorreram 51 roubos.
O pico deste tipo de crime foi entre setembro e dezembro de 2018, quando foram registrados quatro casos em apenas um dia na Região Metropolitana. A área com maior índice de roubos é a zona norte da Capital.
Neste podcast, o repórter Cid Martins apresenta relatos de vítimas, da polícia e de representantes dos carteiros.
Um dos profissionais assaltados, por exemplo, foi alvo dos bandidos por 12 vezes e ficou um ano em tratamento após depressão e pânico. Outro carteiro foi atacado cinco vezes e hoje, após tratamento psiquiátrico por quase dois anos, tem dificuldade para sair de casa e só atua dentro de agências.
A Polícia Federal, que investiga e faz um mapeamento dos casos, está usando a mesma estratégia que diminuiu os ataques a agências dos Correios para combater o roubo a carteiros motorizados, além de trabalhar de forma integrada com Polícia Civil e Brigada Militar.
O sindicato da categoria está cobrando mais segurança e a Empresa de Correios e Telégrafos informa que somente no ano passado investiu mais de R$ 4 milhões para auxiliar na proteção aos trabalhadores. A PF ainda destacou que a principal quadrilha que atuava neste tipo de crime no Estado foi presa e agora acredita que os roubos possam começar a diminuir.