A Polícia Civil gaúcha recebeu, na manhã desta segunda-feira (8), 112 viaturas que serão distribuídas para delegacias do Estado. A maioria é para unidades do Interior, que sofrem com a falta de material e déficit histórico de agentes — a corporação tem cerca da metade do efetivo previsto, número menor do que no início dos anos 1980.
As viaturas são do tipo Fiat Palio Weekend e já estão prontas para uso. Todas foram dispostas durante a manhã em frente ao Palácio Piratini, onde foram repassadas pelo governo do Estado para a polícia. Na solenidade, também foram entregues 2.253 coletes à prova de balas para a Brigada Militar.
O material foi comprado por meio de verba da bancada gaúcha na Câmara dos Deputados. Foram R$ 74,4 milhões investidos nas viaturas e nos coletes.
Durante o evento, o governador Eduardo Leite aproveitou para antecipar a divulgação dos dados consolidados do primeiro trimestre de 2019 da Segurança Pública no Estado. Segundo ele, o Rio Grande do Sul registrou o menor número de latrocínios (roubos com morte) desde 2002.
— Estamos comemorando nesses três primeiros meses de governo uma forte redução nos indicadores de criminalidade no Estado. O número de latrocínios chegou ao menor nível registrado desde que nós temos essa contabilização, em 2002. Foram 16 latrocínios, o que não quer dizer que nos deixa felizes, mas é estimulante saber que houve queda nesse indicador — disse.
O governador também declarou que outros indicadores tiveram redução: homicídios dolosos (-25%), abigeato (-33%), furto de veículos (-18%) e roubo de veículos (-31%).
— A ação coordenada, liderada pelo secretário da Segurança (o vice-governador, Ranolfo Vieira Jr.), está tendo efeito na redução da criminalidade no Rio Grande do Sul. Muito ainda há por fazer — afirmou o governador.
Leite lembrou ainda que a última barreira que impedia empresários de destinar parte do ICMS para a Segurança Pública caiu na última semana. Por unanimidade, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) aprovou a proposta de benefício fiscal que permite que empresas destinem ao setor parte do ICMS devido.