O músico que estava desaparecido desde sexta-feira (22), em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, foi encontrado na manhã desta terça-feira (26). Mauro Rechenmacher, 24 anos, estaria voltando para casa quando foi localizado, por volta das 10h. Em depoimento na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o baterista disse que é dependente de drogas e que estaria consumindo entorpecentes desde o dia em que sumiu.
Conforme o delegado Márcio Niederauer, o músico prestou depoimento na manhã desta terça-feira. Ele contou que permaneceu no bairro Canudos, em Novo Hamburgo, onde mora, durante os dias em que esteve desaparecido. O carro dele — um Palio — também foi encontrado nas proximidades. A Polícia Civil preferiu não dar detalhes sobre onde ele esteve durante estes dias.
— Está bem. Sumiu por iniciativa própria — afirmou o delegado.
O músico só soube da repercussão do caso quando retornou. Conforme o delegado, ele teria inventado que foi parado em uma barreira policial para justificar a demora para retornar. Em depoimento, Rechenmacher disse que "perdeu a noção do tempo" e que não sabia que havia ficado tanto tempo sem dar notícias.
— A intenção dele não era ficar tanto tempo fora — explica Niederauer.
Esta foi a primeira vez que Rechenmacher, que é baterista da banda do cantor mirim Thomas Machado, vencedor do The Voice Kids 2017, desapareceu desta forma. A família do músico disse à Polícia Civil que não tinha conhecimento sobre a dependência química dele.
O caso do baterista não é um fato isolado, garante a Polícia Civil. O sumiço de dependentes químicos traz à tona um problema social.
— Este tipo de sumiço não é incomum. Com frequência temos de parar nossas atividades para investigar um desaparecimento e depois descobrimos que não é um caso de crime. A pessoa some, por vontade própria, par consumir drogas — explica.
O sumiço
A família do músico ficou sem notícias de Rechenmacher da noite de sexta-feira (22) até a manhã desta terça-feira (26). Ele levou a mulher e a filha, de apenas 20 dias, para visitar a cunhada dele, em Campo Bom. Disse que depois iria a Canoas, entregar um equipamento.
O combinado era que ele buscasse a companheira por volta das 19h, o que não aconteceu. Ela só conseguiu contato com a homem por volta da meia-noite, quando ele disse que teria sido parado em uma barreira policial e que teria de fazer um exame de sangue.
Como não apareceu até a manhã seguinte, a família procurou a Polícia Civil, que não confirmou a história da blitz. Desde então, o sumiço vinha sendo investigado.