Um dia após assumir oficialmente a Polícia Civil, a delegada Nadine Anflor empossou nesta quarta-feira (9) os 12 chefes de departamentos da corporação. Metade deles são mulheres, uma marca da nova administração.
A cerimônia contou com a presença do vice-governador Ranolfo Vieira Júnior e ocorreu no Palácio da Polícia.
Nova composição
Chefe de Gabinete: Patricia Tolotti Rodrigues
Entrou na Polícia Civil em 2004, na mesma turma da chefe da corporação. Trabalhou inicialmente na delegacia de plantão de Pelotas e, mais tarde, foi para Canoas, onde atuou na 3ª Delegacia de Polícia (DP) e no plantão.
Já foi chefe da Divisão de Comunicação Social, diretora-adjunta do departamento de ensino na Secretaria da Segurança Pública e, por último, atuava na divisão de assessoramento especial do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca). "Pretendo auxiliar a chefe de polícia na tomada de decisões e no planejamento das atividades para o combate à criminalidade organizada", garantiu.
Departamento de Polícia Metropolitana (DPM): Adriana Regina da Costa
Começou a carreira na Polícia Civil em 1999, em Cruz Alta, onde atuou no Posto da Mulher e no Centro de Operações, hoje conhecido como Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). Tem ainda passagens por duas delegacias de Canoas e pelas especializadas em atendimento aos idosos e às mulheres em Porto Alegre.
Já foi delegada regional em Gravataí e, nos últimos três anos, estava no comando do Deca. "A ideia é tornar o DPM um departamento operacional e integrado internamente e com os demais órgãos de segurança."
Departamento de Polícia do Interior (DPI): Joeberth Pinto Nunes
Já foi titular da delegacia de combate a crimes contra a administração pública e, por dois anos, diretor de relações institucionais da Polícia Civil. Delegado há 19 anos, a primeira delegacia em que atuou foi em Marau. Além de trabalhar na Polícia Civil, é professor universitário desde 2007.
"Minha gestão vai ser pautada pela modernização do serviço interno, bem como na forma de execução. Nós vamos pautar na melhoria do atendimento ao público quando for registrar as ocorrências. Serão dois pilares: na modernização da atividade de investigação e da melhoria do atendimento. Virão reformas (de delegacias)", projetou.
Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic): Sander Ribas Cajal
Com 44 anos, atuou em diferentes delegacias e órgãos administrativos da Polícia Civil. A primeira DP que comandou foi em Soledade. Depois, foi para 1ª DP de São Leopoldo e, na sequência, atuou na 1º delegacia do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc).
Já foi diretor da Divisão de Assessoramento Especial do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM) e, atualmente, atuava como diretor de investigação criminal do Deic. "Vamos trabalhar bastante integração, principalmente com o interior".
Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc): Vladimir Peukert Urach
Começou como escrivão de polícia em 1993. Seis anos depois, virou delegado. Com 47 anos e natural de Ibirubá, primeiro trabalhou em Teutônia, no Vale do Taquari, onde ficou por um ano. Depois, foi para Santa Maria, na Região Central, onde ficou por 14 anos e passou por diversas delegacias.
Em 2013, assumiu a delegacia regional de Camaquã, onde estava até então. "O Denarc vai trabalhar forte no combate ao tráfico de drogas, combatendo facções, trabalhando em conjunto com as Delegacias de Homicídios porque tráfico e homicídios estão intrinsecamente ligados", afirmou.
Departamento Estadual de Proteção a Grupos Vulneráveis (DPGV): Shana Luft Hartz
Delegada há 10 anos, trabalhou em Dom Pedrito. Mais tarde, passou a comandar a 1ª DP em Pelotas. Na sequência, atuou em três delegacias diferentes de Porto Alegre. Também atuou no Núcleo de Tráfico de Pessoas da Secretaria da Segurança Pública (SSP).
Assume departamento recém-criado que vai abranger o atendimento especializado a mulheres, idosos e crianças. "Pretende-se criar um centro de atendimento, uma DPPA, para vítimas de vulnerabilidade para atendimento exclusivo dessas vítimas. É uma série de nichos que visam esse atendimento."
Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP): Vanessa Pitrez de Aguiar Correa
Delegada há 14 anos, começou a carreira no plantão de Rio Grande. Tem passagens pelo Deic e pela Divisão de Comunicação Social da Polícia Civil, além de outras delegacias. Desde 2015 atuava no Conselho Superior de Polícia.
"Nosso principal objetivo é focar nas operações com inteligência policial. A partir de ações voltadas em núcleos de inteligência, nós vamos conseguir abarcar nas investigações organizações criminosas que normalmente estão relacionadas ao tráfico de drogas, que são responsáveis por praticamente 80% dos homicídios no Estado."
Departamento de Tecnologia da Informação Policial (DTIP): Vicente Vargas Nunes
Com 44 anos e delegado há 19 anos, atuou inicialmente na 2ª Delegacia de Polícia de Cruz Alta. Por último, trabalhou na 17ª Delegacia de Polícia, em Porto Alegre, e foi diretor do Departamento de Polícia Metropolitana. Desde 2017 estava à frente do DTIP.
"Nossa intenção é, cada vez mais, aperfeiçoar os mecanismos de tecnologia da informação na investigação policial, porque as ferramentas de tecnologia da informação são um dos principais mecanismos que se pode contar com a inteligência policial."
Academia de Polícia: Elisangela Melo Reghelin
Delegada há 19 anos, começou a carreira na Serra, em São Marcos e Caxias do Sul. No currículo, estão passagens pelo Departamento de Polícia Metropolitano (DPM), nas delegacias de Pronto Atendimento da Capital, e também na Academia de Polícia Civil (Acadepol), tendo sido, por duas gestões, diretora de ensino.
"Queremos continuar fazendo os cursos de capacitação dos servidores, porque a formação continuada é fundamental. Mas, como prioridade neste momento, nós temos que investir nos concursos", explicou.
Departamento de Administração Policial (DAP): Elisângela Piccoli De Bastiani
Atuava como diretora substituta no DAP desde outubro de 2017. Com 43 anos e há 19 anos na corporação, tem passagens pela delegacia de Guarani das Missões e Três Coroas e ainda por órgãos administrativos.
"Nós pretendemos trabalhar para manter a estrutura da Polícia Civil de maneira que se possa prestar um bom trabalho à comunidade e que se tenha condições efetivamente de trabalho para todos os servidores", disse.
Coordenadoria de Recursos Especiais (Core): Bolivar dos Reis Llantada
Com 47 anos e natural de Santa Cruz do Sul, entrou na Polícia Civil em 1999. A primeira delegacia que assumiu foi em Canguçu. Depois, atuou no Litoral Norte e em Caxias do Sul. Já atuou na Delegacia de Homicídios de Porto Alegre e foi delegado regional em São Leopoldo.
Estava atuando no Grupamento de Operações Especiais (GOE) há seis anos. "Dedicação e operacionalidade. Vamos unificar os segmentos operacionais da Polícia. Nós hoje temos o GOE, a Divisão Aérea e uma divisão de inteligência, nós vamos unificar esses três segmentos", explicou.
Gabinete de Inteligência Estratégica (GI)*: Endrigo Veiga Marques
Procurado, o delegado informou que não falaria devido ao posto que ocupará.
