A direção da Penitenciária Estadual de Rio Grande (Perg) apostou em alternativa inusitada para reforçar a segurança no local. Nesta semana, o pátio do complexo recebeu sete gansos para tentar diminuir o número de arremessos de objetos e drogas para dentro do local.
Os animais foram doados por um sargento da Brigada Militar, depois de autorização da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). Os gansos foram isolados em um ponto estratégico do pátio, próximo ao local onde a penitenciária registra o maior número de apreensões.
Em 2018, foram apreendidos no pátio do presídio 35 quilos de maconha, 1,1 mil quilos de cocaína, 2,2 mil quilos de crack e 78 celulares.
Segundo o diretor da penitenciária, Marco Aurelio Gonçalves, o modelo já foi adotado no presídio de São Pedro de Alcântara, em Santa Catarina. Rio Grande será o primeiro do Estado a ganhar este tipo de reforço.
— O cachorro é o melhor amigo do homem e muitas vezes se identifica com o preso por causa do faro. Já o ganso tem a natureza de sempre fazer muito barulho em todas as situações — afirmou.
A principal tarefa dos gansos, que tem audição aguçada, será alertar os policiais que ficam nas torres de vigilância caso notem barulho ou movimento estranho.
O local ainda receberá melhorias para a permanência dos animais. Uma caixa d’água, que também foi doada, tornou-se a piscina para que eles possam se refrescar “em meio ao expediente”. Os custos, segundo a direção da Perg, são de R$ 60 por mês para a ração. Até agosto, o “efetivo” pode aumentar, já que os animais devem se reproduzir no local.