O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sergio Etchegoyen, disse neste sábado (8) que o presidente Michel Temer vai se encontrar na próxima terça-feira (11) com o interventor do Estado de Roraima, o governador eleito, Antonio Denarium (PSL). O ministro deu a declaração a jornalistas após participar de reunião no Palácio do Alvorada.
Etchegoyen destacou que a imprensa saberá os termos da intervenção, decretada na sexta-feira (7) por Michel Temer, "proximamente". Antes da definição exata dos valores que serão encaminhados para o Roraima, Etchegoyen afirmou que o interventor precisa chegar ao Estado e verificar qual é o status da situação.
– Números serão oportunamente informados – destacou.
Para o ministro, a "má gestão" do governo estadual, principal fator que desencadeou a crise em Roraima, poderia fazer com que ela se prolongasse - caso não houvesse a intervenção federal. O ministro ressaltou ainda que questão penitenciária vinha sendo atacada por convênio entre União e Roraima.
Aos jornalistas, Etchegoyen destacou que a intervenção passa a vigorar na assinatura do decreto e pode ser suspensa se Congresso não aprovar a medida. Segundo ele, o decreto foi assinado por Michel Temer e será publicado na próxima segunda-feira (10). Os membros do Congresso Nacional poderão contar com o tempo que julgarem necessário para a aprovação.
Na hipótese de aprovação do Congresso, o interventor terá todos os poderes de governador do Estado, exceto aqueles que se choquem com atribuições do governo federal, disse o ministro na tarde deste sábado. Roraima vem enfrentando uma crise migratória por causa da chegada de venezuelanos e também uma crise no sistema penitenciário. A governadora Suely Campos será afastada do cargo.
Caminhoneiros
Etchegoyen chegou a ser questionado por jornalistas sobre a situação dos caminhoneiros, mas disse que os problemas serão tratados separadamente.
– No momento, a tensão está em Roraima.
Com intensas conversas nos grupos de Whatsapp, caminhoneiros de todo o país seguem divididos quanto a uma nova paralisação, em reação à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, de suspender a aplicação de multas pelo descumprimento dos preços mínimos do frete rodoviário até que a Corte decida sobre a constitucionalidade do tabelamento - o que não tem data para ocorrer.