As paredes da Cadeia Pública de Alegrete, na Fronteira Oeste, só começarão a ser erguidas em 2019. Anunciada em dezembro de 2017 pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) para abrigar 286 presos, o termo para início das obras da casa prisional só foi assinado em 13 de dezembro de 2018. Naquele dia, o governo informou que esperava que a obra começasse uma semana depois, o que não ocorreu.
Segundo a SSP, já há alguns operários fazendo a limpeza do terreno do presídio, mas a obra ainda não começou. A pasta alega que a grande quantidade de feriados de final de ano impediu que as obras começassem. A promessa da pasta, agora, é que a cadeia comece a ser erguida em 2 de janeiro.
O contrato com a Construtora Engenharia e Incorporadora São Tomas Ltda. foi publicado no Diário Oficial do Estado em 14 de dezembro de 2017. O valor total para a execução da obra é de R$ 16,2 milhões - R$ 12,9 milhões do governo federal e R$ 3,3 milhões de contrapartida do Estado.
A secretaria alega que a demora de um ano para assinatura do começo dos trabalhos ocorreu devido a um impasse envolvendo a planilha orçamentária e a liberação de recursos pela Caixa Econômica Federal. O atraso também envolveu a compra de um gerador de energia elétrica para o presídio e a definição da execução do acesso ao local.
Com a nova projeção, a obra deverá começar no mesmo dia previsto para o Presídio Estadual de Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana. O presídio que ficará em parte de um terreno da Fundação Zoobotânica também foi anunciado em 2017, mas série de entraves atrasou o início da construção.
Outro presídio que ainda não saiu do papel, a Penitenciária Federal de Charqueadas também está longe de ter as obras iniciadas. A empresa contratada foi alvo de órgãos de controle interno do governo federal e, por isso, uma nova empresa deverá assumir a construção. Anunciada em janeiro de 2017 pelo presidente Michel Temer, a primeira unidade federal no Estado deve ter 218 vagas e receber presos considerados de alta periculosidade.