Uma cerimônia rápida marcou a despedida de familiares e amigos da gaúcha Fabiane Fernandes, 30 anos, que foi encontrada morta perto de uma trilha em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, na quarta-feira (21).
O corpo foi levado no sábado à tarde de avião para Florianópolis, em Santa Catarina, onde ela morava há cerca de 25 anos. O velório e o sepultamento aconteceram no cemitério do Rio Vermelho, no norte da ilha.
Abalados, parentes da vítima preferiram não dar entrevistas. Por enquanto, os familiares ainda têm poucas respostas sobre o que aconteceu com ela.
A administradora havia desaparecido em 18 de novembro, um domingo, depois de entrar em uma trilha. A última pista deixada por ela foi uma foto publicada nas redes sociais mostrando o local. Foram três dias de buscas na região até que a encontrassem morta em meio a arbustos, a 30 metros da rota da trilha, nua e com os pertences ao lado.
Fabiane deixa um filho de nove anos. Ela era empresária e administrava uma pousada da família na Praia dos Ingleses, no norte da ilha.
Testemunhas são ouvidas
De acordo com o Instituto Médico-Legal (IML) de Araruama (RJ), Fabiane tinha sinais de golpes na cabeça e no rosto, além de vestígios de violência sexual. A suspeita é de que ela tenha sido atingida por uma pedra e morrido no mesmo dia em que acessou a trilha. A polícia fluminense não deu detalhes sobre as agressões, pois o laudo pericial deve ficar pronto em dezembro.
Os agentes já ouviram pelo menos sete pessoas. Uma delas foi um homem que estava acampado com um amigo na mesma trilha onde Fabiane foi encontrada morta. Ele prestou depoimento e foi liberado. O amigo que estava com ele não foi localizado
A câmera de segurança de uma loja de conveniência gravou Fabiane tomando café no domingo, antes de fazer a trilha. Ela aparece usando um boné, tranquila e digitando no celular.
O que se sabe
Natural de Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana, Fabiane residia em Florianópolis havia cerca de 25 anos. Era administradora da pousada da família na Praia dos Ingleses, onde morava com a mãe e o filho, de nove anos.
Em 18 de novembro, desapareceu durante trilha em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, para onde tinha viajado para encontrar um amigo e passar o feriadão de Proclamação da República.
O homem, segundo a Polícia Civil, é morador de Porto Alegre. Foi ele quem informou a polícia sobre o desaparecimento.
O corpo de Fabiane foi encontrado três dias depois, com marcas de agressões e fraturas na cabeça e no rosto. Ela sofreu traumatismo craniano. Uma das suspeitas é de que tenha sido morta a pedradas.
A bolsa, com pertences e o celular, mas sem dinheiro, também foi localizada junto ao corpo, que estava sem roupas. Análise preliminar apontou que Fabiane teria sofrido violência sexual, mas o resultado oficial deve ser conhecido daqui a cerca de 30 dias.