Uma semana após ser assassinada, Fabiane Fernandes, 30 anos, deve ter o corpo sepultado em Florianópolis, Santa Catarina, onde residia com a família. A gaúcha estava a passeio em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, quando foi morta no percurso de uma trilha. A despedida deve ocorrer no fim da tarde deste domingo (25).
Segundo familiares de Fabiane, o corpo deve chegar à capital catarinense às 14h20min, em voo que parte do Galeão, no Rio de Janeiro. Depois disso, será encaminhado para o velório e o enterro, previsto para ocorrer por volta das 17h no Cemitério Municipal do Rio Vermelho.
— Não poderá ser feito por longo tempo o velório — informou uma familiar.
A liberação do corpo aconteceu na tarde deste sábado (24) pelo Instituto-Médico Legal (IML) de Araruama (RJ). O translado do corpo está sendo bancado pela prefeitura de Arraial do Cabo, que prometeu arcar com as despesas.
Natural de Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana, Fabiane residia em Florianópolis havia cerca de 25 anos. Era administradora da pousada da família na Praia dos Ingleses, onde morava com a mãe e o filho, de nove anos. No domingo (18), desapareceu durante trilha em Arraial do Cabo, para onde tinha viajado para encontrar um amigo e passar o feriadão da Proclamação da República. O homem, que, segundo a Polícia Civil, é morador de Porto Alegre, tem negócios na Região dos Lagos. Ele informou a polícia sobre o desaparecimento da mulher.
O corpo de Fabiane foi encontrado três dias depois, com marcas de agressões e fraturas na cabeça e no rosto. Ela sofreu traumatismo craniano. Uma das suspeitas é que tenha sido morta a pedradas. A bolsa, com pertences e o celular, mas sem dinheiro, também foi localizada junto ao corpo, que estava sem roupas. Análise preliminar apontou que Fabiane teria sofrido violência sexual, mas o resultado oficial deve ser conhecido em 30 dias.
A investigação
A Polícia Civil de Arraial do Cabo não revela detalhes da investigação sobre a autoria do crime. O delegado responsável pelo caso, Renato Mariano, titular da 132ª Delegacia de Polícia, em Arraial do Cabo, não descarta o crime de latrocínio (roubo com morte). Ainda que o celular tenha sido encontrado ao lado do corpo, a carteira da vítima estava vazia, de acordo com Mariano.
Imagens que mostram a mulher tomando café da manhã sozinha em uma loja de conveniência de um posto de combustíveis, no bairro Prainha, antes de seguir para a trilha, foram analisadas pela polícia. O vídeo mostra Fabiane digitando no celular. No local, ela chegou a perguntar aos funcionários sobre a trilha.
Um homem que acampava nas imediações da trilha percorrida por Fabiane prestou depoimento e foi liberado. Outra pessoa que estava na mesma barraca, vinda do Maranhão, deixou o local e não foi mais vista. Na sexta-feira, foi lançado um cartaz do disque-denúncia, pedindo informações sobre suspeitos do crime.