Os seis réus que respondem na Justiça o processo sobre o assassinato do policial civil Rodrigo Wilsen da Silveira, morto aos 39 anos durante operação policial em Gravataí, em junho de 2017, irão a júri. A sentença que definiu a realização do júri foi proferida pela juíza Roberta Penz Oliveira, que pronunciou no dia seis de novembro os acusados.
Apontado como o autor do disparo que perfurou uma parede e atingiu fatalmente o policial dentro de um apartamento, Maicon de Mello Rosa será julgado por homicídio doloso qualificado, tentativa de homicídio de outros três agentes, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. Os outros réus, considerados coparticipantes, foram pronunciados por tráfico de drogas e porte ilegal de armas. São eles Alecsandro da Silva Borges, Cristiane da Silva Borges, Dirce Terezinha da Silva Borges, Guilherme Santos da Silva e Marcos Leandro Marques Fortunato.
Ainda não há data marcada para o júri. Na mesma decisão, a juíza negou os pedidos de relaxamento de prisão. Cabe recurso da decisão ao Tribunal de Justiça.
Em março de 2018, ocorreu a primeira audiência judicial sobre o crime. Na oportunidade, a viúva, e também policial civil, Raquel Biscaglia, que acompanhava a operação em que o marido foi morto, pediu a pena máxima aos acusados.
Relembre o caso
Rodrigo Wilsen da Silveira, escrivão e chefe de investigação da 2ª Delegacia de Polícia de Gravataí, tentava cumprir um mandado em um condomínio de apartamentos no Centro do município quando um dos cinco criminosos que estavam no local atirou.
Atingido por um tiro na cabeça, o policial foi levado por colegas para o Hospital Dom João Becker, de Gravataí, mas não resistiu. Sua mulher, Raquel, presenciou toda a ação e foi consolada por colegas.
A operação tinha como objetivo desarticular uma quadrilha especializada em tráfico de drogas com atuação no bairro Planaltina, também na cidade, e que estaria lavando dinheiro do crime em imóveis na cidade.