Os desembargadores da 7ª Câmara Criminal do Rio de Janeiro condenaram o policial militar Bruno Medeiros Athanasio a uma pena de quatro anos, em regime aberto, pela participação no esquema de depoimentos falsos no caso do desparecimento do pedreiro Amarildo, ocorrido em 2013.
Segundo a acusação, Bruno, acompanhado do major da Polícia Militar Edson Raimundo dos Santos e do soldado Newland de Oliveira, ofereceram R$ 850 em dinheiro e o aluguel de uma casa fora da comunidade da Rocinha a uma moradora para que ela prestasse um depoimento fictício ocultando o envolvimento deles no desaparecimento de Amarildo.
Ainda de acordo com a investigação, os detalhes do depoimento foram acordados com um outro morador, que receberia R$ 500 em dinheiro, além de fraldas descartáveis. Edson e Newland haviam sido condenados em junho de 2017 pela Auditoria da Justiça Militar.
O caso
Amarildo de Souza, morador da Rocinha, desapareceu em julho de 2013, após ser conduzido por policiais militares a uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade. O corpo dele nunca foi encontrado. Ao todo, 25 policiais foram acusados de torturar e matar o pedreiro.