O escrivão da Polícia Civil de Canguçu, no sul do Estado, baleado em confronto com criminosos que promoveram violento ataque a uma agência da Caixa Econômica Federal na madrugada de sábado (11), não corre risco de vida. A confirmação foi feita pela equipe do hospital em que ele está internado, em Pelotas, à delegada Liziane Matarredona, responsável pela delegacia em que o policial trabalha.
Segundo a delegada, o tiro não ficou alojado no corpo do escrivão e o atingiu entre o peito e um dos ombros. Ele ainda está sob observação e pode passar por cirurgia nos próximos dias.
O policial trocou tiros com os assaltantes em uma das saídas de Canguçu para a BR-392, usada durante a fuga da quadrilha. Suspeita-se que, no confronto, tenha sido ferido o líder da quadrilha Luis Adriano Dias, o "Fofão", 32 anos. Ele foi encontrado morto quilômetros depois, em Encruzilhada do Sul. Os comparsas teriam deixado o corpo no local após perceber que o ferimento era fatal.
Fofão era um dos criminosos mais procurados do RS
Líder de quadrilha, condenado a mais de 90 anos de prisão e foragido, Fofão figurava na lista de mais procurados da Delegacia de Repressão a Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). O delegado João Paulo Abreu afirma que já o havia identificado em outras três explosões no Estado.
— O grupo dele era muito agressivo. Em Butiá, em janeiro, depois de atacar o Banco do Brasil, dispararam várias vezes contra o posto da Brigada Militar. Tem uma imagem de câmera em que aparece ele (Fofão) com fuzil 762. Em Encruzilhada do Sul, passa um Fusion de morador e os bandidos disparam 8 ou 9 vezes contra o carro — detalha o delegado.
Abreu ainda comenta que Fofão havia substituído a liderança da quadrilha que antes era dos irmãos Rudinei Lopes e Vanderlei Lopes, presos na Argentina desde novembro de 2017.