Um quinto das obras do novo presídio de Bento Gonçalves está concluído. Conforme a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP), os trabalhos estão dentro do cronograma, que prevê a entrega da estrutura com espaço para 420 detentos até o fim de janeiro de 2019.
Conforme o engenheiro Fernando Verdi, da empresa responsável pela construção, o atraso no trabalho de terraplenagem em função da grande quantidade de chuvas também atrasou o início da instalação dos 18 prédios que compõem a estrutura. Mas, conforme ele, isso pode ser compensado com intensificação dos trabalhos nas etapas seguintes, como a de montagem dos prédios, que está em andamento.
Além das 48 celas que já foram montadas, também já foram instaladas a lavanderia e a cozinha industrial. No momento, está sendo colocado o prédio do ambulatório. Para setembro, está prevista a montagem do refeitório, do prédio administrativo e do prédio onde é feita a revista de presos.
— Cada prédio tem a sua função, mas todos são interligados por corredores, não sendo necessário sair para a rua para ir de um prédio a outro — explica Verdi.
A expectativa é de que até a metade ou fim do mês de outubro todos os prédios estejam montados. A partir daí, serão feitos trabalhos como os de revestimento cerâmico, pintura, instalação de esquadrias, janelas e portas. No momento, as obras empregam entre 85 e 90 pessoas. No início de setembro, deve haver ainda uma intensificação da força de trabalho com aumento no número de funcionários.
Enquanto as obras do novo presídio avançam, ainda não há previsão de orçamento para a instalação de bloqueadores de celular, equipamentos que foram colocados no novo complexo prisional de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. Segundo a SSP, há sim a previsão de instalação dos equipamentos em Bento; para isso, um termo de referência está sendo elaborado e não há definição sobre valores.
Ainda conforme a SSP, o custeio da tecnologia será feito pelo Estado. No caso do complexo de Canoas, o aluguel para 80 antenas tem custo de R$ 122 mil por mês, que são pagos por meio de um aporte de R$ 10 milhões repassado pelo Ministério da Justiça no ano passado.